Relatório do Cori (Conselho de Orientação) sugere reprovação das contas nesta segunda-feira Dorival Júnior elogia torcida do Corinthians: "Espero deixar o meu melhor para todos"
O Conselho de Orientação (Cori) do Corinthians recomendou a reprovação das contas apresentadas no primeiro ano de Augusto Melo. Por 16 votos a um, o órgão também sugere o afastamento do presidente por gestão temerária.
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Em parecer emitido nesta segunda-feira, o Cori aponta um aumento do passivo de R$ 829 milhões. Em outro trecho do documento, o órgão usa o termo "endividamento" para se referir a este valor. Porém, o aumento da dívida foi menor, da ordem de R$ 600 milhões.
A divergência se dá porque o passivo também inclui receitas a realizar, que são descontadas do cálculo do endividamento.
De acordo com o balanço financeiro, somando as obrigações do clube e o financiamento da Neo Química Arena, a dívida atual do Corinthians é de R$ 2,5 bilhões.
No parecer, o Cori reclama da falta de divulgação dos balancetes mensais, assim como documentos solicitados para fechar o estudo das contas do primeiro ano da gestão.
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A reportagem procurou a diretoria, que já estava na reunião do Conselho Deliberativo. A assessoria da gestão não teve acesso ao documento.
O Cori diz que “infelizmente mesmo após diversas solicitações, orientações e tentativas de debate junto a Diretoria diversos itens de nossos ofícios não foram atendidos parcial ou totalmente, como exemplo citamos a falta de apresentação das faturas de cartão de credito que somaram inicialmente mais de R$ 2,8 milhões até junho de 2024 e posteriormente R$ 4,8 milhões, com divergências não discriminadas até os dias atuais.”
Outra falta de documentação corresponde aos ajustes gerenciais na ordem de R$ 192 milhões.
O Cori ainda reclama da “falta de clareza no critério e procedimentos de contratação de Prestadores de serviços”. No caso, o contrato com a Workserv, empresa de segurança.
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A diretoria também não apresentou, segundo o órgão, o contrato de Memphis Depay, que o ge teve acesso e noticiou o valor possível de R$ 120 milhões, com bônus e premiações.
Diante da falta de documentação e aumento substancial da dívida na comparação com o divulgado anteriormente, o Cori recomenda o afastamento de Augusto Melo sob acusação de gestão temerária.
– Bem como neste ato a reprovação preserva a instituição junto aos órgãos de controle como por exemplo PROFUT, demonstrando a efetividade na atuação dos órgãos fiscalizadores internos do clube e funcionamento junto à instituição, bem como a indicação de Gestão Temerária – conclui a documentação.
Embasado pelo parecer do Cori e também do Conselho Fiscal, que sugeriu a reprovação das contas, o Conselho Deliberativo do Corinthians decidiu reprovar o balanço de 2024.
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