Atrizes participaram do ‘Conversa com Bial’ desta quinta-feira (8) Heloísa Périssé fala sobre 'bênção' recebida por filha ao nascer
Quando Luisa Périssé nasceu, o avô, o humorista Chico Anysio (morto em 2012), entrou no quarto do hospital, olhou a netinha ainda bebê e disse que ela não se parecia com ninguém. Nem com a mãe, Heloisa Périssé, nem com o pai, seu filho, o ator Lug de Paula. Chico disse que Luisa se parecia com ela mesmo.
Luisa e Heloisa Périssé
GNT
A história foi contada por Heloisa durante a participação dela e da filha no Conversa com Bial desta quinta-feira (8). Para a mãe de Luisa, Chico estava ali dando sua benção para a recém-nascida e enxergou o que ela seria no futuro: uma atriz de personalidade única.
“Ele deu ali uma assinatura para a Luisa. Ela sempre foi uma pessoa dona da personalidade dela, e muita personalidade até... Poderia ter um pouco menos”, brincou Heloisa.
Heloísa Périssé e Luisa Perisse falam sobre o 'Desencontro de Gerações'
Não à toa, mãe e filha estão juntas no programa Desencontro de Gerações, no GNT. A sintonia profissional vem da boa relação que elas têm e do que Heloisa passa com Luisa e a caçula, Antônia, de 19 anos, do casamento com o diretor Mauro Farias, no dia a dia.
“Foi uma ideia das duas. A gente fazia vídeo, falando da nossa vida, e contando uma coisa louca que a gente fez. Por exemplo, a minha mãe estava se maquiando com um pé de sapato e outro sem. Eu ia contando essas coisas, minha mãe contando outras, as pessoas comentavam que agíamos igual a elas e achamos que precisávamos ter um programa”, contou Luisa sobre como surgiu a atração.
Luisa Perisse conta sobre sua relação com a mãe após descoberta de câncer
Em meados de 2019, Heloisa descobriu um câncer nas glândulas salivares. Ela se submeteu a uma cirurgia para remoção do tumor e também a sessões de quimioterapia e radioterapia. O sucesso da cura resultou no livro “Cheia de Graça”, em que a atriz relata a sua jornada pessoal na luta contra a doença.
Luisa Perisse
GNT
A Pedro Bial, Heloisa relembrou como resolveu conduzir seu tratamento:
"Saí de casa, não tratei no Rio. Em certos momentos da minha vida, quando tenho certos xeque-mates, prefiro estar Deus e eu. Quis me tratar fora da minha casa, queria estar à vontade para chorar, para vomitar, para berrar, para me desestruturar se eu precisasse. Claro que me visitavam, não consegui ficar sozinha porque a Maria Clara Gueiros organizou um hall de amigas que toda semana vinha dormir comigo. Não queria ter a sensação de fazer uma quimioterapia e voltar para a minha cama. Quando acabei o tratamento, saí andando pela porta do apartamento onde fiquei, bati a porta de costas, entrei no elevador, ele desceu e fui embora sem olhar para trás. Vivi o que tinha que viver e é aí que você vai ficar!”
Heloisa Périssé
GNT
A forma como a mãe lidou contra o câncer impressionou Luisa:
“Em alguns lugares algumas coisas mudaram. Mas a essência é a mesma. Fazia tratamento, voltava de bom humor, era hilária. Nunca ficou sozinha. A ficha só caiu depois. Lembro até hoje que ela me chamou e disse: ‘Filha, a mamãe está com um tumorzinho, mas já tirou, já resolveu.’ Aí, dali a pouco, ela dizia que tinha que viajar porque a mamãe ficou com câncer. Tudo era muito minimizado.”